quarta-feira, 5 de maio de 2010

Fora do sério...

Muitas coisas me tiram do sério. Quem me conhece sabe: estressadinha de plantão, sou eu mesma! É muito fácil me irritar, me aborrecer, me deixar pirada ou triste. Dizem que isso tem a ver com meu signo... não sei... conheço geminianos menos instáveis.
Hoje eu resolvi falar sobre uma das muitas coisas que me tiram do sério: a impotência diante do fato de que, muitas vezes, sua vida depende da vida de outra pessoa. É muito romântico pensar que os seres humanos têm suas vidas entrelaçadas em momentos e em graus variados de suas existências. Só que há vezes em que esse entrelaçamento pode ser um grande e espinhento abacaxi para descascar.
Eu sei que preciso aprender a me conformar com esse fato. Tenho total consciência de que preciso ser tolerante diante das adversidades... Mas a angústia que a adversidade traz é algo que, pra mim, não é digerível. Não sei processar, não sei como se faz para que ela passe... Não sei como aprender a lidar com isso. Talvez um dia, a maturidade venha a me modificar... Talvez um dia eu perceba que meus graus de dependências não precisam ser tão fortes como são agora.
Acho que eu me aborreço não só porque me sinto impotente diante de certas situações, mas também porque eu não sou capaz de lidar com essa impotência.
Meu Deus, preciso de terapia....

terça-feira, 4 de maio de 2010

Quem sou eu, no rodapé...

Eu estava fazendo terapia até maio do ano passado. Vai completar um ano que parei. A princípio, parei porque minha terapeuta teve neném e foi cuidar do filhote, como deve ser e é de direito dela e do bebê. Mas quando ela voltou, eu não voltei... Quando ela voltou, eu tinha me metido em um projeto que estava me esperando no tempo e no espaço. Eu resolvi encarar o medo de falhar e fui fazer gastronomia. Faculdade particular, dá pra imaginar... mensalidades altíssimas. Assim, eu optei por fazer o curso, ao invés de fazer terapia propriamente dita... afinal de contas, gastronomia é minha terapia. Mas um dia eu volto... pra terapia propriamente dita... Há muito o que resolver, há muito o que pensar, descobrir, desenvolver.
Preciso, por exemplo, aprender a conviver bem com o que foge do meu controle. Preciso me conformar e levar "na boa" a ideia de que não posso controlar o mundo que está ao meu redor.
Enquanto eu não volto, deixo aqui minhas confissões. E vou começar com uma confissão bombástica... a primeira vez que pus os pés na cozinha foi um verdadeiro desastre. E a segunda, a terceira e a enésima vez também... Nem me lembro o que eu tentei cozinhar... Mas eu sempre tentava... e sempre ficava uma gororoba horrorosa. Foram memoráveis as tentativas de fazer farofa de ovo com o ovo cozido (eca!!!), e a produção de um espaguete com um molho que não ficava bom e eu ia piorando o coitado com ingredientes que não se combinavam de forma alguma. No fim, o molho tinha gosto de vinho tinto com pimenta do reino e alho, todos em proporções ridiculamente exageradas. Sem falar na incrível almôndega de batata que queimou por completo. Um desastre!
Só que eu nunca desisti... insistia, copiava receitas, testava... tentava... Hoje eu tô fazendo gastronomia. Até agora ninguém me reprovou... Se serei boa, não sei... Só com o tempo poderei saber.