terça-feira, 27 de julho de 2010

Vida social.... uma miragem...

Nas últimas semanas tenho pensado muito em como minha vida social passou a ser... O ápice são os intervalos das aulas, quando converso com meus colegas na cantina da faculdade. Sábados e domingos são sempre o momento de ir ao shopping, mesmo que não tenha nada para comprar ou, pior, não possa comprar nada. Fora isso, há o almoço de domingo com sogro(s). Pode ser com minha mãe, com minha sogra e sogro postiço, e ainda com o sogro de verdade. Ah... não posso me esquecer de outro momento legal (isso NÃO é ironia): tem as escapulidas do trabalho com a galera de linguística pra comer torta.
Eu não acho que exista um culpado para eu não ter uma vida social ativa e diversificada. Talvez a culpa seja minha mesma. Ou pode ser só um momento... A verdade é que muitos fatores conspiram para que minha vida esteja assim. O primeiro deles é a grana. Nossa, como ela pode ser decisiva nesse sentido. No sábado, aconteceu alguma coisa sobre quatro grandes bandas de trash metal que eu amo: Metallica, Megadeth, Anthrax e Slayer (essa, em especial, eu aaaaaaaamoooooo). Não sei o que foi. Parece que foi a exibição de shows das quatro bandas , só que no cinema, no Multiplex. CARALHO! O ingresso custava 80 reais. Puta que pariu!!! Não entendi o preço... não entendi o evento... Não entendi e não pude ir!!!
Outro fator é o cansaço. Tem sábados e domingos que eu não quero nem abrir a porta de casa pra botar o lixo pra fora, que dirá pra sair...
Também tem o fato de eu ter um bebê lindo de 2 anos e não ter com quem deixar pra poder sair. Quando minha mãe ou minha sogra podem ficar com ele, beleza... Mas isso é sempre muito complicado.
Por fim, tem o fator "Tese de doutorado". É... o marido está escrevendo uma... E fica tão em cima da bicha que também não tem ânimo ou iniciativa pra sair.
Acho que tenho que esperar muitas coisas acontecerem: ficar rica... filhos crescerem... tese terminar... ter mais ânimo (de repente, tomar alguma vitamina)...
Por enquanto eu vou ficando com invejinha das minhas colegas que têm vida social!!!!

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Amigas... que responsa!!!!

Amanhã faz uma semana que eu recebi aqui em casa três grandes amigas. Fizemos um clube da Luluzinha ou materializamos um Boteco da Eliéte (sim, ela estava aqui...) para celebrar a nossa a amizade de longa data, matar as saudades de Kali, amiga que está morando em Fortaleza agora, e celebrar o novo bebê que Dima está esperando. Viva!!! Adoro criança... adoro minhas amigas... adoro comida!!! Tudo junto... uma delícia!
Então Lica escreveu no seu blog sobre esse encontro. E eu tinha que dia(blog)ar com ela sobre isso.
Eu devo dizer que estas são, junto com Laura (que não veio, pois está morando em Aracaju) as amigas da graduação que permaneceram. Apesar de eu ser uma pessoa dócil, não acho que seja uma boa fazedora de amigos.É que eu sou tão desligada... me esqueço das datas de aniversário, das preferências. Não me toco sobre os gostos das pessoas, a menos que sejam muito evidentes. Por exemplo, levei banana de lanche várias vezes pro trabalho e ofereci a Lica, sempre me esquecendo de que ela não gosta de banana!!! E não é que a maluquinha comia só pra não fazer desfeita... E eu acreditando que ela gostava!!! Até que um dia ela falou: "Se esqueceu que eu não gosto de banana?" Sim!!! Eu me esqueci! E se vacilar, daqui a alguns meses, me esqueço de novo.
Ou então faço uma pergunta sobre algo que estava acontecendo na vida da pessoa, ouço a resposta e depois acabo me esquecendo... e perguntando de novo... e de novo....
Acho que essas amigas me perdoam por essas coisas. Já me conhecem há tanto tempo que já devem pensar: "Eh.... coisas de Aline".
A verdade é que essas amizades ficaram! Às vezes, por, sabe-se lá o quê, elas se esfriam um pouco, depois voltam a se esquentar. Mas nunca adormeceram completamente. Parece vulcão, ora em repouso, ora em erupção. Até se solidificar como rocha, montanha.
E hoje eu conto em meus dedos essas amizades assim: vulcão. São poucas, mas são as que valem a pena. São as que ficarão até a velhice. Imagino nós cinco, eu, Lica, Dima, Kali e Lauritcha fazendo clubes da Luluzinha falando das nossas libertinagens de idosas, nos permitindo momentos de futilidades, afinal, nesse clube só tem intelectual(exceto eu, a chef). Vai ser Vai ser sempre especial. Quem sabe, um dia, não vire livro, filme, novela...

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Como o tempo passa?

É estranho, para mim, estar com esses 32 anos de idade e me sentir ainda adolescente. Fico me perguntando se todos são assim... envergonhada em perguntar aos meus amigos mais íntimos se eles se sentem desta forma.

Fica em mim uma sensação de não pertencer a lugar nenhum, porque por mais que o espelho me mostre que não tenho mais 20 anos, na minha alma, eu acho, ainda parece que foi ontem que eu tinha essa idade. E a sensação de que eu já vivi tanta coisa, mas ao mesmo tempo, passou tão rápido que nem parece que passou é, no mínimo, esquisita.

Acho que só agora eu me dou conta de que se passaram dez anos de quando eu fiquei grávida pela primeira vez e que minha filha está ficando uma mocinha, que coleciona pôsteres de Robert Pattinson e Taylor Lautner na parede do quarto.E eu paro para ver esses dez anos, franzindo minha testa, um bocado incrédula, que tanta coisa tenha acontecido e eu vivi, realmente, todas essas coisas. Só uma pequena lista:

Eu tive minha filha.
Eu consegui empregos.
Eu quase me separei.
Eu me formei.
Eu e meu marido fizemos nosso lar.
Eu fiz mestrado.
Eu dei aula em vários lugares diferentes.
Eu resolvi mudar de profissão.
Eu tive outro filho.
Eu viajei.
Eu conheci um bocado de gente boa.
Eu mudei meus conceitos.
Eu mudei.
Eu continuo querendo mudar... pra melhor... pra cada vez mais feliz!

Dez anos, doze anos...Passou na velocidade da luz... e foi tão marcante, porque cada momento parecia uma eternidade. Cada dor foi insuportável, cada alegria, um tamanhão de agradecimentos no meu peito. Como é possível que o tempo passe tão rápido e tanto assim, que nem parece que passa? Acho que só se percebe quando alguém diz que passou. Quando se vê que a filha mais velha está assistindo a um filme da década de 80 e diz: "Nossa, como isso é velho!"