quinta-feira, 19 de maio de 2011

Don't boys cry?

Faz menos de um mês que eu me espantei com algo, até então, inimaginável para mim. Eu vi um homem, já bem crescido, se atirar no ombro da mãe, escondendo o rosto, para chorar, tal como um menino de 5 anos faz quando alguém lhe magoa. Nesse dia, não consegui dormir tão facilmente.
A maneira como os homens agem, quando o assunto é relacionamento, é tão estranha para nós, mulheres, quanto deve ser, para eles, a nossa maneira de agir. Talvez isso nos faça pensar que o amor seja menos importante e menos doloroso para eles. Pela cena que presenciei, acho que me enganei.
De lá pra cá, me encontrei pensando nos motivos que nos levam, homens e mulheres, a vivermos armados uns contra os outros, quando precisamos uns dos outros. Frequentemente recebo e-mails com piadas misóginas, de amigos. Não é raro, também, receber e-mails com piadinhas que destacam as diferenças entre os sexos. Preciso dizer que sempre há, nessas piadas, a defesa de que um dos dois é o bem enquanto que o outro é o mal?
Acho que depois que eu vi o homem voltar a ser um gurizinho, no colo da mãe, eu tomei a decisão de me desarmar. Precisamos aceitar quem eles são... eles são diferentes de nós, e ponto. Há aspectos que nos irritam. Ora, nós os irritamos também. Mas ainda assim, quem vai negar que podemos viver bem? No fundo, relacionamento é isso mesmo, ainda que não seja um relacionamento entre um homem e uma mulher. Sei de muito homem que ama homem, e de muita mulher que ama mulher, que se irrita e briga também.
Precisamos, sim, cuidar um do outro, deixar algumas coisas pra lá, negociar outras. Precisamos, num dia de chuva, num domingo vazio ou em qualquer momento feliz, de alguém pra abraçar, beijar e dividir a vida.

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