terça-feira, 14 de junho de 2011

Ano novo... nova eu!

O meu empenho em mudar é genuino e sincero. Ao acordar, a primeira frase, diante do espelho, já não é mais " Nossa, que cara inchada!", mas sim "Bom dia, linda!". Nessa primeira semana, e talvez nas próximas que seguirão, isso soará como mentira. Definitivamente, não é fácil mudar conceitos velhos.
Mas uma coisa tem parecido mais fácil de aceitar e acolher: acho que, mesmo muito mutante, eu me conheço até certo ponto. E isso me permite enumerar uma série de qualidades que eu devo ressaltar e enaltecer. Tenho qualidades das quais devo me orgulhar:

1) Eu sou inteligente. Alguém que sabe fazer uma análise sintática; consegue tirar algumas músicas de ouvido; se dava bem em várias disciplinas na escola, independente de área de conhecimento; entre outras coisas deve ter crédito por isso. Acho que significa alguma coisa, por exemplo, eu ter passado em disciplinas da faculdade sem ao menos ler um texto (não foram todas, é claro).

2) Eu sou engraçada, embora meu senso de humor se acabe rapidamente quando eu estou com fome e com sono... Mas, via de regra, consigo fazer piada de muita coisa... E já faz um tempinho que deixei de me levar tão a sério. Isso me trouxe leveza!

3) Eu sou uma boa amiga. Sei ouvir, gosto de dar colo, de dar atenção.

4) Eu sou bonita. Tenho belos olhos esverdeados, cabelos naturalmente cacheados e boquinha de boneca. Tenho bundão, pernão... Meus seios, mesmo depois de amamentar 2 filhos, estão no lugar, firmes e fortes... Eu sou gata!

E existem muitas outras qualidades das quais eu me orgulho. Então, de agora em diante, ninguém mais vai tirar de mim a noção de que eu sou sensacional por ser quem sou. Se alguém opta por não me conhecer ou por não gostar do que vê em mim, é porque tem outros parâmetros. Mas isso não é problema meu. Independente disso, continuarei sendo quem sou e tendo as qualidades e características que tenho. Nada nem ninguém vai tirar isso de mim.

Então, para brindar esse momento, Fernando Pessoa vem nos abençoar com sua sabedoria e sensibilidade:

"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas ...
Que já têm a forma do nosso corpo ...
E esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos
mesmos lugares ...

É o tempo da travessia ...
E se não ousarmos fazê-la ...
Teremos ficado ... para sempre ...
À margem de nós mesmos..."


Não ficarei, nunca mais, à margem de mim mesma...

Um comentário:

  1. Esqueceu de dizer que vai ser uma ótima madrinha!!! Boa como em tudo que vc faz... Te amo!!! Bjussss

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