terça-feira, 6 de setembro de 2011

Abrir o verbo

Eu estive com um tio meu nesse fim de semana. Ele está internado, com câncer... Já está numa fase complicada, não tem mais como reverter, só controlar. Não pode ser operado... Enfim, fase terminal... Ele não sabe o que é, ninguém tem coragem de contar... É muito triste. Ele é novo, tem só 53 anos de idade... Eu o acho novo... Ainda teria muito o que viver...No entanto, já tá indo embora, sofrendo...
Fiquei pensando no que ele pode ter deixado de viver. Questionei se ele partirá com algum tipo de arrependimento... Tanto do que fez quanto do que deixou de fazer... E é óbvio que eu passei a pensar em mim, nas coisas que eu gostaria de fazer e ainda não fiz... Pensei em tudo o que não disse, mas que gostaria de dizer, para as pessoas importantes da minha vida. Eu sei que eu digo muito facilmente que amo quando isso é verdade... não tenho pudores em relação a isso. Mas tenho receio de que minha vida se acabe sem que eu tenha conseguido realizar algumas coisas, sem que eu me sinta realizada no que escolhi para mim...
Eu acho que preciso repensar minha inércia, meus medos e inseguranças.... Eu não quero me arrepender do que não fiz....

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