quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Minha jornada de auto-cura

Não, eu ainda não estou curada da depressão. Talvez a cura não chegue nesta existência. E está tudo bem assim. Há momentos de muita força, euforia e paz. E ainda há momentos de inverno de alma, envolto na bruma da insatisfação e da melancolia. Ainda faz parte de mim um padrão muito forte de impulso para a fuga. Isso foi uma das muitas coisas que descobri com a terapia. É o padrão de crer que não consigo resolver um problema ou suportar uma situação. Sempre que algo ruim ocorre, meu primeiro desejo é me recusar a encará-lo, normalmente desejando abandonar tudo aquilo ali. Agora que sei disso, é mais fácil perguntar o que eu preciso aprender com o que está acontecendo. Terapia funciona. E eu resolvi contar um pouquinho disso neste espaço. Talvez um leitor precise ir para as primeiras postagens para saber como eu estava há 10 anos, para depois enxergar que algo mudou. O que mudou foi a parte de mim que não conseguia se reconhecer. No mais, a vida continua a mesma. Mesmo marido, mesmos filhos, mesma profissão. Eu vou contar, ano a ano, como foi que eu mudei ao começar a me encontrar.

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