terça-feira, 2 de agosto de 2011

Sonhos...

Eu odeio sonhar. Sempre detestei a sensação de quando raros sonhos bons vão se esvaindo quando estamos acordando. E detesto mais ainda a angústia consciente que toma conta do meu ser quando tenho sonhos ruins. Justamente porque ninguém nunca tenha dado uma explicação absolutamente exata sobre o que são os sonhos e qual a sua finalidade, eu sigo lutando contra eles. Repito: odeio sonhar. E é raro que eu me lembre dos sonhos comuns que tenho. Os que chamam a minha atenção são os que me afligem, me deixam triste, ou seja, os pesadelos.
Nos últimos meses, tenho me lembrado mais dos sonhos do que é normal para mim. Sempre acontece, pela manhã, de eu me tocar que sonhei com alguma coisa, mas não me lembro... E assim vou vivendo. Mas nos últimos meses isso tem sido diferente. E em duas semanas eu sonhei com cobra. No primeiro sonho, eu via uma serpente, como se ela estivesse de costas para mim. Ela ia atacar, mas eu conseguia, por tempo que não posso medir, segurá-la pela parte de trás da cabeça, como um biólogo faz para evitar que ela dê o bote. Eu sentia que ela estava tentando fugir, que ela queria escapar, e eu não tinha certeza se conseguiria segurá-la por muito tempo. Então eu acordei. O que me chamou a atenção é que ela não aparecia de frente para mim.
Hoje pela manhã, ainda cochilando no sofá, tive um sonho parecido. Mas dessa vez, eu não conseguia pegar a cobra. Era como se ela estivesse indo embora. Eu continuei a vê-la por trás, de cima. Era como se eu estivesse em pé e ela, em cima de uma mesa, de costas para mim. E eu acordei...
Não sei se fiquei tão angustiada como em outros sonhos já tidos... Embora eu tenha pavor de cobras, não acho que tenha sentido pânico, nem nojo. Queria que isso tivesse algum sentido, que explicasse meus sentimentos ou o meu lugar no mundo. Mas o futuro continua nebuloso. E a angústia persiste.

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